
Para onde me leva essa estrada?
Onde vai dar esse caminho?
Não importa, não quero saber mais nada.
De uma forma ou de outra, estarei sozinho.
Solidão, sombra projetada no escuro,
Mão que me empurra para o doce precipício.
De onde não consigo mais enxergar o quão duro
É utilizar-se de uma vida nesse simples desperdício.
Desilusão, caminho com estacas cortantes,
Quente lâmina, terra e frio.
Sustos e medos, veias gritantes.
Sopro quente, gélido arrepio.
Mais um passo e desfaleço.
Já não posso mais caminhar.
Mas desperto, num tropeço:
Sim, acho que ouço o barulho do mar...
Escrito por Juliana Melo Paulo Munhoz