quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Vozes no Silêncio


Vozes ecoam no silêncio.
O silêncio de minha tortuosa mente.
Deixem-me calcular, imaginar, supor...
Permitam-me formar um parecer.
Por que me angustiam?
Por que emitem esses sons que sujeitam-me à tortura?
Oh! Amarga e consternadora tortura,
funesto martírio sedutor de meu intelecto...
O que queres de mim, sussuro medonho?
Queres me martirizar?
Queres mortificar-me?
Abismem-se de mim, fantasmas agourentos!
Deixem-me ouvir a mim mesma.
A minha voz que se cala diante de vossos desígnios...
De vossos juízos...
Extinguam-se de mim, vós e vossa tribuna.
Seres que me causam abafamento...
Estou sufocando...


Escrito por Juliana Melo Paulo

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